Caros dirigentes das Faculdades e Departamentos com cursos na área da Química em Portugal,
Nos últimos meses, a aldeia global em que vivemos sofreu alterações drásticas, impostas pela pandemia de COVID-19. Estas alterações tiveram consequências diretas ou indiretas na vida de todos nós, e cujos efeitos se prolongarão ainda por tempo incerto. Como tal, a adaptação a esta nova realidade é o caminho que tem que ser seguido. A Associação Nacional de Estudantes de Química (ANEQ), enquanto representante dos estudantes de 1º e 2º ciclos dos cursos da área da Química em Portugal, realizou um inquérito com dois objetivos: perceber quais foram as principais dificuldades sentidas pelos estudantes, a nível pedagógico, em consequência das medidas adotadas como resposta à pandemia de COVID-19; e perceber de que forma se pode organizar o próximo ano letivo, de modo a minimizar as consequências negativas no percurso académico dos estudantes dos cursos da área da Química. As principais dificuldades identificadas pelos estudantes prendem-se com a transmissão do conhecimento nas aulas à distância, e, principalmente, com a realização deste tipo de aulas em unidades curriculares com componente prática, tão essenciais nos cursos desta área. Uma percentagem significativa de estudantes, destacou ainda a fraca ligação à Internet como um dos problemas na realização de aulas virtuais síncronas. Em relação aos métodos de avaliação não presencial, 48% dos estudantes inquiridos consideram que estes devem ser melhorados, e 35% consideram que estes são aplicáveis (principalmente em avaliações com componente oral). Quanto à justiça dos métodos de avaliação à distância, apenas 13% dos estudantes consideram que estes métodos são justos, enquanto que 44% consideram que são pouco fiáveis ou impraticáveis. De entre as dificuldades associadas à avaliação não presencial, destacam-se a inadequação do tempo limite de resposta, a obrigatoriedade da resolução sequencial das perguntas (sem hipótese de revisão/alteração das respostas), assim como as dificuldades técnicas associadas à realização de avaliações não orais por vias não presenciais (sistemas pouco user-friendly). Para o próximo ano letivo, 69% dos estudantes consideram que as aulas teóricas devem ser realizadas à distância, enquanto que apenas 25% consideram que estas devem ser presenciais. No caso das aulas teórico-práticas, a relação inverte-se, com 63% a preferir aulas presenciais, e 34% a optar por aulas não presenciais. As aulas práticas são as que reúnem maior consenso, com 92% dos estudantes a considerar que devem ser presenciais. Por fim, a natureza da avaliação divide os estudantes, com 16% a considerar que deve ser exclusivamente não presencial, 43% a considerar que deve ser presencial e 40% a optar por um regime misto. Com base nestes dados, nas respostas descritivas e nos comentários deixados pelos estudantes ao longo dos inquéritos, a ANEQ sugere às entidades que regulam os cursos da área da Química em Portugal que:
Os tempos que vivemos são imprevisíveis, e uma evolução desfavorável da situação pandémica pode pôr em causa a viabilidade das sugestões aqui apresentadas. Como tal, a Associação Nacional de Estudantes de Química disponibiliza-se para manter uma comunicação ativa e produtiva com as entidades responsáveis pelos cursos dos estudantes que representa, de forma a que a opinião dos mesmos seja considerada aquando das tomadas de decisão necessárias. O diálogo entre todas as partes leva sempre a melhores soluções. Atentamente, O Presidente da Associação Nacional de Estudantes de Química, Amílcar Duque Prata O Núcleo de Química Aplicada está a organizar a Escola de Verão NQA, um evento que tem como objetivo mostrar a alunos de secundário a realidade de um Químico, fornecendo aulas práticas e palestras relacionadas com a área. Este ano o evento decorrerá através de plataformas digitais, de 27 a 31 de julho, o que permite cumprir as regras de segurança, ao mesmo tempo que permite abranger estudantes de zonas mais longínquas, que em condições normais não teriam possibilidade de participar.
Finding new, more efficient ways to produce power is a critical mission for the Department of Energy (DOE), and developing more advanced materials is often the key to achieving success. by Jeremy Rumsey, Oak Ridge National Laboratory
Solar energy researchers at Oregon State University are shining their scientific spotlight on materials with a crystal structure discovered nearly two centuries ago.
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